Capacidade de Carga
A capacidade de carga informada pela Caiaker para todos os seus modelos leva em conta a capacidade de carga NAVEGÁVEL com SEGURANÇA dos Caiakers e não a capacidade de flutuação dos mesmos. Esta capacidade de flutuação é muito maior do que a capacidade de carga navegável.
A capacidade de flutuação de um caiaque é a carga que o mesmo suporta em situação extrema, ou seja quanto peso se pode colocar nele sem que o casco afunde. Obviamente quando um caiaque esta próximo de seu limite da capacidade de flutuação é impossível navegar com o mesmo, visto que ele fica extremamente instável e inseguro, semi naufragado. Como exemplo podemos citar o Mero, nosso maior modelo e que tem maior capacidade de carga e de flutuação. Ex. Mero: Capacidade de carga (navegável com segurança) = 240 kg. Capacidade de flutuação 380 kg. Este valor de 380 kg não é de grande importância para qualquer usuário de um caiaque, nunca se deve chegar nem próximo dele, é apenas uma medida de volume do casco do caiaque. O único valor que importa realmente para quem quer comprar um caiaque é o valor da capacidade de carga navegável com segurança. Este é o valor informado pela Caiaker em todos os seus modelos.
Outros fabricantes de caiaques tem uma política diferente em relação a capacidade de carga que informam em seus modelos e não nos cabe fazer qualquer juízo de valor sobre isto, mas importante salientar que os valores que a Caiaker informa para seus modelos são garantidos e aprovados em todos os testes de navegação e segurança.
Vale lembrar também que o cálculo de carga no caiaque deve sempre somar remadores + equipamentos diversos que estiverem sendo transportados.
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Regras de motorização
Caro cliente Caiaker, muito tem se falado a respeito da necessidade de registro de caiaques motorizados junto a marinha. Assim segue abaixo um resumo do que a legislação competente diz a respeito.
Embora a autoridade marítima brasileira informe se tratar de um registro simplificado no caso de embarcações de até 12 metros, obviamente o auxilio de um despachante marítimo é de grande ajuda para o registro. Recomendamos procurar um profissional de sua confiança para realizar o procedimento.
Toda a informação aqui disponibilizada tem origem em uma Norma da Autoridade Marítima do Brasil, especificamente na NORMAM-03/DPC, da Marinha do Brasil, que fala sobre embarcações de esporte e/ou recreio, ou seja os caiaques.
https://www.marinha.mil.br/dpc/normas/normam
As informações estão disponibilizadas no formato de perguntas e respostas para facilitar o entendimento. A seguir listamos algumas abreviações para auxiliar no entendimento da lista:
CP – Capitania dos portos.
DL – Delegacia da capitania dos portos.
AG – Agencia da capitania dos portos.
BSADE – Boletim Simplificado de Atualização de Embarcações.
DPEM – Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas Cargas (Lei no 8,374 de 30 de
dezembro de 1991).
1 – Preciso registrar um caiaque motorizado?
Sim, de acordo com a seção I da NORMAM-03/DPC no capitulo 0202, “As embarcações brasileiras de esporte e/ou recreio estão sujeitas à inscrição nas CP/DL/AG… Para embarcações com comprimento igual ou menor a 12 metros a inscrição será simplificada, de acordo com a alínea 0205-c… Estão dispensadas de inscrição as embarcações miúdas sem propulsão e os dispositivos flutuantes destinados a serem rebocados…”
2 – Mesmo se eu for utilizar motor elétrico no meu caiaque?
Sim, a NORMAM-03/DPC não faz distinção entre motor elétrico e outras formas de motorização. Ou seja, caiaques a remo ou a pedal não precisam de registro, mas instalando-se qualquer tipo de motor será preciso registrar.
3 – Quais os procedimentos para registro do meu caiaque?
Os procedimentos e a lista de documentos necessários para registrar o seu caiaque com motor estão disponibilizados na seção I capitulo 0205 item C da NORMAM-03/DPC. A lista de documentos necessária está transcrita a seguir.
c) Embarcações com comprimento igual ou menor que 12 metros.
As embarcações com comprimento igual ou menor que doze metros estão sujeitas à Inscrição Simplificada, que consistirá na entrega à CP/DL/AG dos seguintes documentos:
1) Requerimento do interessado;
2) Procuração (quando aplicável);
3) Guia de Recolhimento da União (GRU) com o devido comprovante de pagamento (cópia simples);
4) Boletim Simplificado de Atualização de Embarcações (BSADE) (Anexo 2-D), devidamente preenchido em duas vias;
5) Documentação de prova de propriedade, de acordo com a forma de aquisição e em conformidade com o item 0208 da NORMAM-03/DPC;
6) Documento oficial de Identidade para pessoa física (do interessado ou do seu procurador, quando aplicável) ou Estatuto ou contrato social, quando se tratar de pessoa jurídica (cópia autenticada ou cópia simples com apresentação do original para ambos os documentos);
7) CPF para pessoa física ou CNPJ, quando se tratar de pessoa jurídica (cópia autenticada ou cópia simples com apresentação do original para ambos os documentos);
8) Prova de aquisição do motor (motores com potência acima de 50 HP);
9) Seguro de responsabilidade de danos pessoais causados pela embarcação ou por sua carga – DPEM quitado (cópia simples). Por ora, a obrigatoriedade da Marinha do Brasil de exigir o seguro encontra-se suspensa, em conformidade com a Lei no 13.313 de 14 de julho de 2016. Qualquer alteração referente ao assunto será divulgada oportunamente;
10) Catálogo/Manual ou Declaração do fabricante ou Declaração do Responsável Técnico que contenham as principais características da embarcação, tais como a lotação máxima, motorização, comprimento, boca (largura), etc. Caso a embarcação tenha sido construída pelo interessado, apresentar o Termo de Responsabilidade de Construção/Alteração (Anexo 3-D);
11) Comprovante de residência de acordo com o item 0203;
12) Uma foto colorida da embarcação no tamanho 15 x 21 cm, datada, mostrando-a pelo través, de forma que apareça total e claramente de proa a popa, preenchendo o comprimento da foto; e
13) Título de aquisição e comprovante de regularização junto a RFB (Receita Federal do Brasil) em se tratando de embarcação importada.
A maioria dos documentos necessários para registro do seu caiaque com motor consta na NORMAM-03/DPC e em seus anexos. É só acessar o site da marinha e fazer o download da norma e dos formulários. https://www.marinha.mil.br/dpc/normas/normam
O item 10 da lista – “Manual / Catalogo ou declaração do fabricante…” – deve ser solicitado ao fabricante do seu caiaque. Importante salientar que caso tenha sido feita alguma adaptação no seu caiaque, como suporte para motor de popa, será necessário pedir esta declaração ao responsável por esta adaptação, visto que o caiaque não se encontra mais em sua forma original de fábrica.
Veja o que consta na NORMAM-03/DPC acerca desta situação:
“Caso a embarcação tenha sido construída (ou alterada) pelo interessado, apresentar o Termo de Responsabilidade de Construção/Alteração (Anexo 3-D)”.
4. Eu instalei motor elétrico no meu caiaque com o suporte para motor elétrico da Caiaker, como consigo a declaração acima?
Neste caso solicitamos entrar em contato com nosso [email protected], informar o seu modelo de caiaque, número de nota fiscal que fornecemos a declaração específica para motor elétrico instalado na frente do assento traseiro.
5. Eu instalei motor a combustão no meu caiaque, como consigo a declaração do item 10?
Neste caso solicitamos entrar em contato com o fabricante do suporte para motor que fez esta alteração no caiaque para fornecer a declaração. A responsabilidade pela declaração é dele.
6. Eu mesmo fiz a adaptação, como consigo a declaração?
Neste caso recomendamos procurar um despachante que pode indicar um profissional habilitado a fazer uma avaliação da instalação e caso concorde, expedir esta declaração.
Observação importante a respeito da declaração citada no item 10 acima.
A Caiaker fornece a declaração para os modelos Marlim, New Foca e Mero, pois estes modelos foram projetados para receber motor elétrico de até 44 libras em seus compartimentos centrais. A Caiaker não fornece declaração para motores de popa, nem para motores a combustão, pois nenhum de nossos modelos foi projetado e testado nestas configurações. Para estes casos será necessário contactar o responsável pela adaptação feita ao caiaque.
De posse de toda esta documentação é necessário dar entrada na CP/DL/AG de sua região.
Recomendamos fortemente a contratação de um despachante náutico para auxiliar no processo de registro.
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Tudo sobre canoagem e caiaques
Introdução á canoagem
Ao longo de toda sua histórica a humanidade sempre aspirou dominar os rios e mares e para o desenvolvimento das técnicas de navegação empreendeu grandes esforços e sacrifícios. “Navegar é preciso, viver não é preciso”, diz uma canção popular de cidade à beira mar.
Desde as canoas até os transatlânticos, passando pelas caravelas a possibilidade de se locomover na água correspondeu a realização de um sonho do homem. Como definição simplificada pode-se dizer que a canoagem é o conjunto de atividades de emprego de barcos, chamados caiaques, cuja característica é o remador estar de frente e cujo remo tem duas pás.
Foram os esquimós os primeiros povos a utilizar os caiaques na sua forma moderna, e os construíram revestindo com pele de foca uma estrutura de madeira e de esqueleto de baleia. O inovador deste modelo de barco em relação as canoas e catraias é a principal característica do caiaque: um barco em que o remoador, sentado, fica de frente e daí pode ver o que se passa , com boa velocidade e manobra. Era isto que os esquimós precisavam para caçar as focas; alguns caiaques levavam uma tina na frente onde se acendia uma foqueira para servir de lanterna nas incursões noturnas. Os esquimós desenvolveram técnicas avançadas de canoagem e até mesmo o rolamento: manobra para desvirar o barco.
O caiaque é uma embarcação que permite ao remador escolher seu próprio caminho, contando apenas com sua capacidade física e poder contemplar o que tem a frente, alcançando qualquer ponto onde haja água. A exploração, o ecoturismo, o lazer da contemplação da natureza e as práticas esportivas são atendidas por este meio de locomoção. Com o advento dos materiais modernos a canoagem teve um enorme crescimento e especialização, sendo que foram desenvolvidos um enorme número de tipos de embarcações procurando atender as necessidades de cada uso. |
A canoagem pode ser dividida em duas grandes vertentes: a canoagem esportiva de competição e a canoagem de lazer. A principal modalidade esportiva, a canoagem de velocidade já é disputada desde o início do século e foi introduzida nas Olimpíadas de 1963, em Berlim. Hoje a CBCa – Confederação Brasileira de Canoagem é o órgão oficial da canoagem esportiva brasileira organizando diversas atividades;
Modalidades organizadas pela CBCa
- Velocidade;
- Slalom (que também é disputada nas olimpíadas desde 1982);
- Paracanoagem
- Caiaque-Pólo;
- Descida;
- Maratona;
- Oceânica;
- Canoagem em ondas;
- Caiaque-Pólo;
- Rafting;
- Rodeio/Freestyle;
- VA’a;
- Canoagem tradicional.
A canoagem de lazer inclui dentre outros:
- Passeios no mar, rios, lagos e represas;
- Expedições e travessias;
- Descida de corredeiras em rios caudalosos, chamada de canoagem de águas brancas;
- Manobras e brincadeiras em águas revoltas, chamadas de rodeio;
- Descida de ondas no Mar, com manobras como o surf;
- Canoagem ecológica e de denúncia a agressões ao meio ambiente.
Em gerel a canoagem de lazer não exige grande conhecimento e preparação permitindo ao remador desfrutá-la sem um treinamento. Ao contrário a canoagem esportiva de competição exige uma iniciação nas várias associações e clubes espalhados no brasil.
A canoagem moderna no Brasil começou com a chegada dos primeiros caiaques, nos idos de 1980, trazidos por remadores pioneiros que tinham tomado contato com praticantes europeus, nesta época começaram a ser fabricados os primeiros caiaques nacionais de resina de poliéster, reforçada com fibra de vidro. Com este processo de fabricação é fácil a reprodução de modelos existentes ou a criação de novas formas, daí surgiram uma grande variedade de modelos. O mais difundido é o caiaque tipo “surf” (ou surfinho) que tem cerca de três metros de comprimento e sessenta centímetros de largura e uma proa levantada. Este modelo inicialmente concebido para pegar ondas foi largamente usado para lazer.
Surgem as primeiras provas de corrida de canoagem, abertas a quem quisesse participar, que eram sempre um percurso de um trecho, cada um com o seu barco. Estas competições eram, em geral, promovidas por prefeituras de cidades próximas ao mar e rios. Já em 1985 as competições começaram a ser organizadas por tipo de caiaque e chega até nós o primeiro barco de competição internacional: o modelo K1 que tem 5,1 metros de comprimento. O brasil participa pela primeira vez de um campeonato internacional no Uruguai e a estrutura de direção esportiva da canoagem vai se consolidando.
Finalmente em março de 1989 é fundada a CBCa – Confederação Brasileira de Canoagem que é o órgão diretor de nossa canoagem esportiva oficial. Associações e Federações praticam as várias modalidades, preparando atletas e promovendo campeonatos e o Brasil passa a figurar no mundo da canoagem internacional, integrando a FIC – Federação Internacional da Canoagem. Disputamos os campeonatos mundiais e as olimpíadas nas diversas modalidades.
A canoagem não esportiva também cresceu em várias direções: nas praias o aluguel do caiaque torna-se prática usual; Nos rios passeios começam a serem comuns; surgem os primeiros remadores corajosos que começam a descer rios de corredeiras e que foram buscar as técnicas e os barcos adequados fora do Brasil; expedições de caráter esportivo e de integração são organizadas, inclusive para a Amazônia; alguns iniciam a praticar e a desenvolver habilidades para a descida de ondas de mar e surge um movimento de caráter ecológico que organiza eventos com o objetivo de preservar e denunciar agressões ao meio ambiente.
Hoje pode-se dizer que a canoagem está completamente inserida no contexto do enorme crescimento que as atividades de motivação ecológica, de contemplação da natureza e da prática de esportes alternativos e radicais que estamos, felizmente vivendo.
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Como escolher um Caiaque
Antes de mais nada é necessário enfatizar que não há um modelo que atenda a várias características simultaneamente. A rigor cada objetivo impõe uma característica própria, daí a escolha deve priorizar algum aspecto. Colete salva vidas é um acessório sempre obrigatório.
Aspectos e objetivos que cada barco pode atender
Facilidade de remar; Estabilidade; Velocidade em águas calmas; Velocidade em ondas; Capacidade de passar por ondas e marolas; Manobrabilidade; Segurança; Facilidade de entrar e sair; Facilidade de transporte; Peso; Resistência para o impacto com pedras e fundo; Conforto ao sentar; Flutuação (inclusive com água dentro); Capacidade de levar bagagem Facilidade para esgotar água; | Capacidade para longas travessias em mar com ondas e marolas; Facilidade de rolar; Adequabilidade para surfar em ondas; Adequabilidade para rios com grande volume de água; Adequação para manobras de rodeio; Capacidade de manter o canoísta bem “vestido no caiaque”; Capacidade de aguentar grandes pressões de água e não achatar; Atender as normas das modalidades específicas para o uso em competições esportivas oficiais; Beleza estética; Custo. |
Para exemplificar o que foi dito acima não é possível ter um caiaque que seja ao mesmo tempo veloz e manobrável ou estável.
Barcos para a canoagem de lazer
Estes barcos devem priorizar facilidade de remar, conforto, segurança e praticidade.
Caiaque aberto
A principal característica deste tipo de caiaque é que o remador não entra dentro do mesmo. É como se fosse uma prancha em cima da água e o canoísta fica sentado em cima do caiaque. Isto faz com que o caiaque seja muito fácil de subir, mesmo em locais aonde não dá pé e principalmente torna o caiaque muito seguro, pois não afunda, mesmo virado. Estes barcos devem ser curtos (menos que 3,00m) e largos (mais que 0,65m) para serem estáveis. Adaptam-se, com facilidade a qualquer situação de água, até um nível grau 2 (no máximo) para rios caudalosos. A maior parte dos modelos são auto-drenáveis, pois tem furos para esgotar a água que entrar na parte de cima, isto é no barco. Estes caiaques são, muito recomendados para o remador iniciante ou aquele que quer dar um passeio tranquilo sem preocupação de velocidade ou então aquele usuário que pretende ficar confortávelmente sentado admirando a paisagem ou pescando ou queira levar um equipamento de mergulho ou fotografia.
Os modelos em plástico podem até enfrentar corredeiras leves. Estes caiaques foram os responsáveis pela popularização da canoagem no Brasil, princopalmente depois da introdução dos caiaques em polietileno fabricados pela Caiaker.
Caiaque de turismo
Estes caiaques são fechados e tem, em geral comprimento maior que 3,5m. São caiaques destinados a quem pretende empreender pequenas expedições ou passeios mais longos. Eles são confortáveis, mas exigem alguma experiência e habilidade, em especial para subir nele e esgotar a água em caso de inundação interna. Quanto mais compridos e de formas degalgas menor sua resistência ao deslocamento na água e maior sua velocidade; porém os barcos finos são mais instáveis exigindo maior equilíbrio do remador e não sendo adequados, consequnetemente para águas agitadas ou ondas.
Caiaques de corredeira
São barcos de lazer, mas para serem usados em águas brancas, isto é, rios com ondas, pedras, redemoinhos, refluxos e outros movimentos em turbilhão exigem experiência e prática do canoísta. Como são feitos para resistir a impactos com pedras no fundo de rios e mar são sempre feitos de material plástico, não sendo adequados os caiaques de fibra. Há uma grande variedade de tipos de caiaques de corredeira, mas quase todos são barcos curtos (de 2,5 a 3,2m), com grande manobrabilidade e formas de proa e popa levantadas. Os modelos mais usuais, usados para descer rios, tem formas de grande volume (cheias), na proa e popa. Os canoístas que querem fazer acrobacias nas ondas dos rios, ou seja, ficar brincando em trechos do rio, controlando seu caiaque para fazer piruetas, empregam barcos com pequeno volume, isto é, formas mais degalgas e baixas especialmente na popa. Estes caiaques podem ser usados em outras situações e tem mostrado boa performance para descer ondas do mar como uma prancha de surf. Estes caiaques tem acessórios de segurança para prever as possibilidades nos rios: flutuadores em forma de paredes montados internamente ao casco na proa e popa e que aumentam a resistência ao impacto do barco, finca-pés robustos, apoios de joelho e de coxas para o canoísta ficar mais “vestido” no caiaque e outros.
Caiaques de expedição
São barcos especialmente previstos para grandes travessias no mar ou rios. São barcos que dispõe de compartimentos para guarda de bagagem recomendados para estas situações específicas. As mesmas características descritas acima podem ser encontradas nos caiaques duplos que acomodam duas ou mais pessoas e que são em geral concebidos com a mesma finalidade que os modelos para um canoísta, mas tem capacidade e espaço para comportar 2 assentos de forma que os dois usuários remem.
Barcos para canoagem esportiva de competição
Caiaques de velocidade
São denominados K1. São barcos muito finos, com comprimento de 5,2m, formas, hidrodinâmicas para diminuir a resistência e leves (12 kg). São barcos muito instáveis.
Caiaques de Slalom
Também são chamados de K1-Slalom, são barcos de 4,0m de comprimento, muito largos para serem estáveis, com proa e popa afinados e com grande manobrabilidade. São barcos muito específicos para as condições das competições desta modalidade. O canoísta deve passar entre balizas em um trecho de rio no menor tempo possível com penalidades em tempo para aquele que perder uma baliza ou esbarrar nela.
Caiaques para Caiaque-Pólo
São barcos de 3,0m de comprimento e que tem formas arredondadas e biqueiras na propa e popa, por regras de segurança para a prática do jogo de caiaque-polo, pois podem ocorrer choques entre caiaques. Tem grande manobrabilidade. O jogo de Caiaque-Pólo consiste em arremessar uma bola num gol montado a 2m de água, numa piscina de 35m, sendo 5 jogadores para cada time, movimentand-se nos caiaques. Joga-se a bola com a mão, usando-se o remo para se locomover.
Caiaques de Descida
São feitos para descer velozmente rios com corredeiras. Tem 4,5m de comprimento, 0,60m de largura e um grande volume na proa para furar as ondas. As competições são realizadas em rios de corredeiras e consistem em descer um trecho de cerca de 5km no menor tempo.
Caiaques de Maratona
Emprega-se o mesmo caiaque K1 de velocidade. As provas são de longos percursos, cerca de 10km e trechos onde se deve carregar o caiaque por terra.
Caiaques de Oceânica
São barcos velozes mas com maior estabilidade que o K1. Tem mais de 5m de comprimento. Para enfrentarem ondas e marolas tem um perfil longitudinal com a proa e popa bem levantados. As provas são longas travessias, cerca de 20km ou mais em trechos demarcados por bóias, sempre no mar.
Caiaques para canoagem em ondas (Wave Ski e Kaiak Surf)
São feitos para descer ondas realizando manobras sobre as ondas como no surf tradicional. Tem comprimento de cerca de 2,5m, formas chatas no fundo e em geral, largas. Adotam-se as mesmas regras de pontuação do surf, analisando-se a dificuldade da manobra executada pelo canoísta ao descer da onda.
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Aprendendo a remar Caiaque
A técnica de remar um caiaque é simples e vamos descrever seus conceitos que permitem ao iniciante desfrutar com pouca prática o controle do barco.
1. Como segurar o remo
Segure o remo, pelo cabo, com as duas mãos e mantenha sempre estas posicionadas á mesma distância das pás. As mãos devem estar voltadas para frente, de forma que ao segurar o remo as costas das mãos estejam voltadas para você. Para saber a posição onde deve ser segurado o remo em relação as pás é necessário lembrar que isto deve ser feito de forma a não aproximar ou não afastar excessivamente as mãos. Uma forma de testar isto é a seguinte: segurando o remo com as duas mãos apóie o cabo do remo na sua cabeça e veja, nesta situação o ângulo que seu antebraço e braço estão fazendo. Este ângulo deve ser 90 graus, aí o remo estará bem posicionado.
2. Como remar
O movimento de remar consiste em colocar uma das pás na água à frente do barco de um de seus lados e arrastá-la para trás, puxando a água.
Importante: A face côncava da pá deve ficar sempre voltada para trás. Convém acompanhar com o olhar a translação da pá até fazer este movimento naturalmente. Iniciar o movimento colocando a pá na água o mais para frente que puder (inclinando o tronco para frente) e tire a pá da água o mais para trás possível (girando o tronco). uma vez terminada a remada de uma pá deve-se iniciar a colocação da outra pá na água.
Para fazer este movimento proceda da seguinte forma: inicie a remada escolhendo a pá que corresponde ao seu lado mais hábol, ao terminar a remada deste lado, não solte a mão do remo (importante), apenas gire este pulso para cima virando o cabo do remo. A mão menos hábil deve segurar o remo mas deve permitir que ele gire (quando o punho da outra mão girar o cabo). Aí pode-se colocar o remo na água do lado menos hábil, ao terminar a remada deste lado, não solte a mão do remo (importante), apenas gire este pulso para cima virando o cabo do remo. A mão menos hábil deve segurar o remo mas deve permitir que ele gire (quando o punho da outra mão girar o cabo). Aí pode-se colocar o remo na água do lado menos hábil, observando que a pá esteja posicionada virada para trás (se você tiver feito o movimento da virada para cima do punho a pá ficará automaticamente na posição correta de remar). Treine um pouco esta troca de lado de remada, fora da água até fazer um movimento uniforme e contínuo.
3. Como remar reto e como girar o barco
Quanto mais vertical for a posição de seu remo no movimento de arrastar a água mais reto andará seu barco. A alternância de remada de um lado e do outro permite que você consiga andar na direção desejada.
Para fazer o barco virar a direção ou corrigir a trajetória quando você quer andar reto a técnica consiste em fazer uma remada chamada varredura. Quanto mais horizontal, isto é, quanto mais na superfície da água ao lado do barco for o movimento da pá mais a proa (frente) do caiaque virará e mudará de direção. Explicando de outra forma: faça a pá do remo raspar a a água bem afastada do caiaque e esticando os braços. Isto é uma varredura. Se quiser corrigir apenas um pouco a direção do barco reme numa posição intermediária entre a vertical e a horizontal. Pratique inclusive remando em varredura apenas de um lado, você conseguirá girar o barco 180 graus.
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